Desde a sua I edição, o Seminário Nacional de Políticas Sociais elegeu a folha da Embaúba como símbolo da sua identidade visual.
A Embaúba é uma árvore pioneira, natural da Mata Atlântica. Importante espécie para o reflorestamento, a Embaúba também serve de moradia e alimento para diferentes espécies da fauna. O bicho-preguiça, por exemplo, se abriga nas Embaúbas e se alimenta de seus frutos. A madeira da Embaúba pode ser utilizada para a construção de jangadas, instrumentos musicais, brinquedos, artesanato, caixotes, além de seu uso como lenha e carvão para pólvora. A Embaúba é uma árvore muito importante para os indígenas da etnia Maxakali, para a produção de artesanato, bolsas, redes de pesca, redes para carregar crianças, tecidos com fios cuidadosamente produzidos pelas mulheres Maxakali com fibras retiradas da casca da Embaúba. De acordo com o Observatório dos Direitos e Políticas Indigenistas (FUNAI, 2022) “Os Maxakali saem em grupo para buscar a embaúba nos boqueirões já distantes das aldeias. […] Enquanto trabalham as mulheres entoam os cantos da embaúba, trazidos por espíritos. Esses cantos acompanham as etapas de coleta, raspagem, secagem e enlace da embaúba, que visam a produção da ‘Tuthi’, mãe fibra ou linha encantada para os Maxakali. […] As peças produzidas podem ser usadas, ainda, para procedimentos xamânicos de cura e outros que visam ao bem estar da comunidade. Além de reforçar usos e costumes tradicionais, a confecção e uso da mãe-fibra traduz o protagonismo, a força e o poder das mulheres Maxakali”.
Desenhada pela artista visual, docente do Curso de Serviço Social da UFVJM, Vanessa Juliana, a folha da Embaúba carrega em seus traços a importância das Políticas Sociais em relação estreita com os territórios nos quais se desenvolve, assim como, a premente e necessária ampla cobertura de garantias voltadas ao exercício dos direitos sociais e do protagonismo dos cidadãos .